domingo, 25 de julho de 2010

Casamento

Casa. CasaMente. Casualmente. Casualidade. Caso. Acaso. Casa.

           A Casa onde morei por 7 anos foi a casa onde minha filha nasceu. Foi onde meu marido tornou-se meu filho e depois meu ex-marido. Casei-me com aquela Casa. Meu casamento começou cheio de sonhos.
           Queria contruir mais janelas, ter uma cozinha maior, uma sala de estudos, uma churrasqueira na varanda, uma luminária externa.... muitos projetos. Mas a Casa foi se acomodando. Eu fui me acomodando.   Os cheiros eram os mesmos. As cores, as mesmas. Poucas janelas. Pouco sol.
          Não conhecia esse lado devagar dela. Tão sem iniciativa. Não imaginei que simplesmente pararia no tempo. Também, nos conhecemos tão repentinamente. Foram poucos encontros e eu já dizia: é minha! Como podia saber?
          Faz um mês que me separei dela.
          Sinto saudades daquela Casa que poderia ter sido. Com mais janelas, uma cozinha maior, uma sala de estudos, uma churrasqueira na varanda, uma luminária externa....muito sol...

Um comentário:

  1. talvez seja porque nos apossamos das coisas como quando escrevemos e nos apossamos de determinados assuntos, como quem joga dominó em vez de sermos como o arquiteto que constrói, a saber, "poucos escrevem como um arquiteto constrói: primeiro esboçando o projeto e considerendo-o detalhadamente. A maioria escreve da mesma maneira com que jogamos dominó. Nesse jogo, às vezes segundo uma intenção, às vezes por meio do ACASO, uma peça se encaixa na outra, e o mesmo se dá com o encadeamento e conexão de suas frases"... SCHOPENHAUER

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